A garota das lagrimas de mel

Não sei se lhes contei sobre a garota de cabelos negros que um dia chorou em meu ombro, e suas lagrimas, acreditem todos, eram de mel.
A história tem inicio num dia frio, desses em que o sol ainda brilha e teimamos em não nos agasalhar e por vezes nos surpreendemos tremendo com os os musculos rijos.
Aquela cidade, não tão distante, só não sei ao certo a distancia, tinha um "q" de diferente, com suas ruas ingrimes e seu povo que inicialmente pareceu-me como qualquer outro, a não ser - e todos diriam o mesmo -  por aquela garota frente ao ponto de onibus, cujo cabelo esvoaçante, de um negro sem igual tomava as atenções, pelo menos a de meus olhos.
La estava estava ela, e oque ela esperava eu não sei dizer, mas seu sorriso valia por uma vida. Seus labios finos nesta cena não se separavam ao sorrir, e seu rosto não enrugava. Tinha os dedos particularmente longos, dedos pelos quais sabia que emanavam orgulho de sua dona, eram dedos de uma pianista, isto afirmaria com toda certeza.
O mais incrivel naquele dia em que o tempo parou, foram as palavras desta moça que parecia ter sugado a vida que havia em toda volta. Pode achar estranho e incomum, mas as palavras não foram ditas por nossas bocas, mas pelos olhos. E toda nossa face se contraia em expressões ilegiveis como se ambos corpos conversassem entre si sem que a conciencia tivesse conhecimento.
E foi essa nossa primeira conversa. E infelizmente lhes deixo abraçados a curiosidade, sei que querem saber qual a logica das lagrimas, mas essa é uma longa historia que aos poucos se desenrolará e seus personagens serão sempre lembrados neste milagre, a garota, o garoto e uma grande arvore...

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